Confesso que não estou por dentro da contestação que move a maioria dos dirigentes (quatro em sete) distritais da Ordem dos Advogados ao Bastonário, e dirigente máximo, da mesma, Marinho Pinto.
Mas isso nem interessa muito para aquilo que quero dizer.
Nunca me interessei muito por estas guerras entre advogados, magistrados, juízes ou afins.
Mas isso nem interessa muito para aquilo que quero dizer.
O que eu quero dizer é que Marinho Pinto acabou de entrar na minha galeria de heróis.
Num dos maiores espectáculos televisivos do qual guardo memória Marinho Pinto disse no Jornal Nacional a Manuela Moura Guedes aquilo que alguém já há muito devia ter dito e aquilo que já há muito Manuela Moura Guedes devia ter ouvido.
Num momento notável de televisão Marinho Pinto resiste estoitamente a um julgamento sumário disfarçado de jornalismo e acaba num contra-ataque cerradissímo onde acusa Manuela Moura Guedes de um jornalismo péssimo, parcial e não isento que envergonha a classe. Acusa-a também (sublime) de nem sequer conhecer o Código Deontológico, de transformar entrevistas em julgamentos sumários e de ser uma jornalista incompetente.
Enquanto Marinho Pinto se dispunha a ir ao Jornal Nacional sempre que fosse convidado Manuela Moura Guedes titubeava, fervendo, sem saber o que dizer.
Relembro que Manuela Moura Guedes tomou Marinho Pinto de ponta quando este referiu aqui há dias que Manuela Moura Guedes confundia o caso FreePort com um frete a José Sócrates.
Manuela destilou o seu ódio pessoal sobre o Bastonário transformando um estúdio de televisão numa sala de acusação em que factos e argumentos se tornaram irrelevantes.
Marinho Pinto não se ficou e aproveitou a oportunidade para fazer o maior ataque em directo a um jornalista do qual tenho memória.
Mas para aquilo que eu quis dizer isso não interessa nada.
O que interessa é que a minha galeria de heróis passo a ter mais um digno inquilino.
Marinho Pinto, obrigado.
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