terça-feira, 27 de abril de 2010

cada vez é mais ténue o que nos separa dos animais




A sociedade como conjunto de indivíduos centrados em si mesmo é, per si, uma redundância nos tempos que atravessamos. Espécie tão arrogante triste é o que quer que seja que nos corrói ao ponto de sermos excrementos da indiferença, da apatia e da insensibilidade. O tom de indignação que transparece das minhas palavras chega depois de ter visualizado o funesto vídeo que aqui partilho convosco onde um sem-abrigo, em Nova Iorque, morre ensanguentado no passeio, depois de ter sido esfaqueado, quando heroicamente tentou ajudar uma mulher que estava a ser assaltada. Uma câmara de vigilância deixou para a posteridade diversos testemunhos descritivos do estado maculado em que se encontra a sociedade, tão repulsivamente representada pelos animais que se cruzam com aquele que, conjunturalmente e pelos piores motivos, se tornou personagem principal dum acaso.





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