sexta-feira, 13 de novembro de 2009

custa-me vê-lo ir para o sporting...




André Villas Boas






















Era ainda um miúdo a caminho dos 18 anos. Era um miúdo apaixonado pelo futebol, pela táctica. Era um miúdo atrevido ao ponto de entrar no Clube Inglês, no Porto, para conhecer e discutir ideias com o saudoso Bobby Robson, então treinador do FC Porto. Aos 32 anos, está agora a um passo de treinar o Sporting.

Naquela altura, em meados dos 90, preparava a base para uma amizade com Mourinho que o lançaria no mudo do futebol.

Bobby Robson ficou encantado com aquele miúdo, que num desses encontros conheceu Mourinho, então adjunto do treinador inglês. E não tardou muito para Villas Boas ter a primeira experiência futebolística: fazia a estatística completa dos jogos do FC Porto, que Sir Bobby Robson depois esmiuçava até nas conferências de imprensa. Algo raro na altura.

Robson e Mourinho partiriam para Barcelona. E André Villas Boas ficava no Porto. Mas seguia o conselho dos mais velhos que rumavam à Catalunha: dedicou-se ao estudo do mais bonito jogo do Mundo.

Com o regresso de José Mourinho ao FC Porto, em 2002, agora na pele de treinador principal, André Villas Boas regressou à cena. Apresentou-se junto de técnico, mais conhecedor do jogo, e Mourinho deu-lhe uma oportunidade maior: «Vais observar um adversário e nosso», disse-lhe o Special One.

Assim foi. E Villas Boas mostrou que investiu nos conhecimentos. E surpreendeu o treinador com a forma metódica com que apresentou o relatório, com a precisão da observação, o bom uso das novas tecnologias de vídeo e informáticas. Muito à frente para a altura. Mourinho preparava-se para lançar o jovem na alta-roda do futebol.

Não tardou para que Villas Boas passasse a acompanhar Mourinho oficialmente. Logo no FC Porto mas também depois no Chelsea e no Inter. Sempre no gabinete, sempre na área da observação dos adversários.

(notícia publicada no jornal A Bola)




0 Comentário(s):

Enviar um comentário

Related Posts with Thumbnails