quarta-feira, 22 de abril de 2009
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Segundo o relatório apresentado hoje pela AdC, Autoridade da Concorrência (cada vez inventam siglas mais bonitas), que incide sobre a análise dos desfasamentos temporais nos ajustamentos entre o preço de venda ao público e os preços das matérias-primas nos mercados internacionais e os aspectos concorrenciais do funcionamento do mercado português, os preços dos combustíveis em Portugal acompanham a tendência internacional e não existe concertação de preços mas sim “paralelismos de comportamento” e “adaptações inteligentes dos preços” (não só não os recriminam como até lhes batem palmas).
Como diz José Lourenço, deputado do PCP, “provavelmente a AdC está à espera de encontrar os representantes das empresas a almoçar no mesmo restaurante” para só então começar a duvidar que há marosca no meio disto tudo.
Segundo a AdC tudo não passa de coincidências. Coincidências essas que mostram que nada há de estranho no facto de os preços aumentarem quando o preço do petróleo aumenta e não baixarem quando o preço do petróleo desce. Coincidências essas que mostram também que nada há de estranho no facto de os preços das diversas gasolineiras subirem e descerem harmonicamente. É tudo coincidência atrás de coincidência aliado, claro está, às “adaptações inteligentes dos preços”.
Ou seja, quando alguém na GALP acorda mal disposto e aumenta o preço da gasolina, depois duma “adaptação inteligente” isso faz com que, sem saber como nem porquê (e mesmo que não queira), alguém nas outras gasolineiras aumente os preços também. Assim do género “porra pá, não sei o que se passa comigo hoje”. Ainda hoje eles não conseguem explicar isso. Como a AdC não tem competência no domínio espiritual fiquemos à espera que o Professor Karamba um dia se dê ao trabalho de fazer um relatório também.
Depois de nove meses, o tempo que demorou a ser publicado este relatório (ah pois, na AdC trabalha-se à séria), Manuel Sebastião, presidente da AdC, declarou que a apresentação ao parlamento do respectivo relatório o deixa “de consciência tranquila”, enaltecendo o “rigor” e a “exaustividade” da análise.
A sorte dele é que apresentou um relatório exaustivo, rigoroso e sobretudo esclarecedor senão corria o risco de as pessoas o acharem ridículo e tendencioso.
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